Testemunho - Andrea Stahlholfer



Este ano foi um ano de muitas lutas, mas também de vitórias!

No encontro dos 27+ em Floripa, orando com Gerson Ortega, Deus me falou que eu deveria dar um passo... Qual seria esse passo? Comecei a buscar no Senhor que passo seria esse.

Em seguida ao encontro, tirei férias e fui p/ Brasília. Lá, conheci o irmão Horácio – que foi quem ministrou no encontro de Veranópolis. Numa reunião de oração, Deus usou a vida dEle para falar comigo e disse: “Eu sou maior do que as tuas falhas! Confia em mim!”

Voltei das férias e ao invés de tudo ficar mais leve – como geralmente ocorre depois das férias – minha caminhada passou a ficar cada vez mais pesada. Passei a sentir um desânimo muito grande, mas muito grande mesmo. Me sentia cansada, muito cansada, desanimada, sem vontade de estar com as pessoas, sem vontade de estar com os irmãos. Sentia uma tristeza muito grande pela morte do meu pai – que aconteceu em outubro do ano passado – passei a sonhar com a morte dele, com o velório, como se tudo estivesse acontecendo novamente. Quando não me sentia triste, me sentia culpada por não me sentir triste. Uma confusão na minha mente.

Foram se desenrolando vários acontecimentos em função de pendências a resolver depois da morte dele, e eu cada vez mais cansada e sobrecarregada, sem dormir, sem ter prazer na vida, ou alegria na comunhão com os irmãos...

O encontro de Veranópolis seria no feriadão do dia da criança, e eu estava preocupada pq o último dia do retiro seria justamente o dia de 1 ano de falecimento do meu pai. Passei a orar e buscar o Senhor se eu deveria ir ao encontro ou se deveria ir p/ Panambi, ficar em família nessa data. Conversei com minha mãe e ela não achou problema ir ao encontro. Então fui.

O Horácio ministrou sobre o nosso chamado: somos chamados ao Reino de Deus, ao arrependimento, ao discipulado, a sermos santos, chamados a sermos Filhos. Uma Palavra tremenda – cheia de amor.
Somos chamados ao discipulado – “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Mt 11: 28-30

Bom, era o que eu precisava – descanso. Recebemos descanso quando aprendemos com Jesus a sermos mansos e humildes de coração como Ele é!

Uma frase de Horácio = “Jesus não está desanimado, não está cansado, não está angustiado, nem nervoso, Ele está sentado calmo no trono”.

No domingo de manhã a querida Alzira compartilhou uma Palavra que Deus havia falado com ela de Ap 21:5-6: “E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.”

E naquela manhã o Senhor iria fazer novas todas as coisas! O Horácio ministrou sobre o nosso chamado à santidade! Texto base de 2Tm 1: 3-12 – chamados para sermos santos – separados p/ Deus – dedicados a uma finalidade maior, qual seja, ao Reino de Deus, ao propósito do Pai.

Deus nos chamou com santa vocação, antes da fundação do mundo, e Ele não desiste do Seu propósito que é ver Cristo formado em nós!
Rm 12:1-7 fala que Deus repartiu p/ cada um de nós uma medida de fé! Que todos recebemos dons, e todos temos uma função. TODOS SOMOS ESPECIAIS, NINGUÉM É MAIS OU MENOS DO QUE O OUTRO. Ninguém é dispensável! Pelo contrário, SOMOS INDISPENSÁVEIS! Se tu não fizeres a tua parte, ninguém vai fazer!

Fala também que Deus nos dá graça – que opera individualmente em cada um de nós.
Ele ilustrou com a vida de José – relatou os acontecimentos na vida de José, como ele era odiado pelos seus irmãos, como era amado por seu pai que lhe presenteou com uma túnica – especial e única, tecida especialmente para ele.

Com 17 anos foi vendido como escravo e foi parar na cadeia. Somente com 30 anos é que Faraó o constituiu autoridade sobre o Egito.
José não escolheu nenhuma dessas circunstâncias = ser o filho preferido, ganhar a túnica, ser o dedo duro dos irmãos, etc.

Assim também nós não escolhemos o contexto em que nascemos, a família, as dificuldades que enfrentamos, as tristezas. Eu jamais imaginei que orando pela conversão do meu pai, ele teria que passar pela morte p/ se converter.

Deus, o nosso Pai de amor, foi quem nos teceu uma túnica, que nos faz diferentes e únicos. Mas ao mesmo tempo Ele nos dá Graça para enfrentar essas situações.
Tudo o que não escolhemos, tudo o que na nossa história foi negativo, foi de aflição, perda, dor, pode ser transformado em vida, em capital de Deus p/ consolar os outros. Eu preciso escolher.

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos. A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação” 2 Co 1:3-7

Deus, o nosso Pai, é o Deus de toda a consolação! E não há dor que Ele não possa consolar! Deus nos consola em todas as nossas tribulações!

Esse era o passo que eu precisava dar = entregar a minha dor e escolher receber o consolo de Deus.
E essa Palavra gerou vida em mim! Recebi do Senhor o consolo p/ a morte do meu pai e todas as circunstâncias posteriores, toda dor da perda, toda tristeza, toda aflição. E se eu sou consolada, a minha consolação transborda p/ todos vcs. Se sou confortada é também para conforto de vcs.

Isso foi no domingo, na segunda que era dia 12/10 – 1 ano da morte do meu pai – eu estava bem, consolada!

Assim como José falou que não foram os seus irmãos que o enviaram ao Egito, mas Deus, p/ livramento e preservação da vida (Gn 45:5-8, Gn 50:17-21), também as nossas aflições, tribulações, a nossa vida, a nossa história, que é única, tem potencial de Deus p/ consolar os outros.

Andrea Stahlholfer